A brincadeira é uma transformação do sentido, da realidade: as coisas aí tornam-se outras. As crianças brincam com o que têm à mão e sobretudo com o que têm na cabeça. Se uma criança não pode decidir da sua brincadeira, então já não é ela que brinca
segunda-feira, 4 de maio de 2009
"Pela sua imaturidade bio-social e dependência dos adultos, as crianças têm, nas nossas cidades, direitos limitados: não podem correr à vontade, gritar, escrever nas paredes, saltar, cantar alto, fazer barulho, pendurar-se nos espaços exteriores, subir às árvores, saltitar, nem sequer esconder-se dos adultos para pensar, quando estes não as entendem. Os lugares de brincadeira e esconderijo, lugares que estimulam a exploração e a transgressão de todo o tipo de limites, possibilitando formas de transformar o mundo, estão em extinção nos grandes centros urbanos. "
M José Araújo
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(...) Quando eu era miúdo jogava pião, a macaca... vínhamos todos brincar para a rua e à roda, à gancheta à sameirinha, etc. Eram grupos espontâneos que se constituíam com os conflitos inerentes a isso. A socialização não era problema... Hoje é tudo muito diferente. É importante, às vezes até é doentio, os pais querem os filhos guardados....
Aos jogos de rua opõem-se as brincadeiras vigiadas e, assim, a um tempo votado ao acaso e à proximidade com o outro através do jogo opõe-se um tempo organizado em espaços vigiados.
Aos jogos de rua opõem-se as brincadeiras vigiadas e, assim, a um tempo votado ao acaso e à proximidade com o outro através do jogo opõe-se um tempo organizado em espaços vigiados.
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