A brincadeira é uma transformação do sentido, da realidade: as coisas aí tornam-se outras. As crianças brincam com o que têm à mão e sobretudo com o que têm na cabeça. Se uma criança não pode decidir da sua brincadeira, então já não é ela que brinca
domingo, 3 de maio de 2009
Brincar na RUA
Entre os condomínios fechados e programados da escola e da casa, a “rua” pode afirmar-se com reforçada positividade, mesmo que tal possa parecer inverosímil para quem nas suas funções pedagógicas não tenha presente na memória esse tipo de referências e imaginário em que os espaços exteriores são domínios inequívocos de crescimento e de aprendizagem – em contextos, portanto, socialmente significativos. Não deveremos ignorar a ligação dos habitantes com as suas cidades, dos munícipes com o seu bairro, uma vez que é lá que vivem, e é ali que são reconhecidos na sua identidade (que ali se constrói, também). No espaço da “rua” se exprimem constantemente múltiplas dimensões da vida que podem ser objecto de apropriação pelas crianças num contexto eminentemente lúdico e convivial.
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(...) Quando eu era miúdo jogava pião, a macaca... vínhamos todos brincar para a rua e à roda, à gancheta à sameirinha, etc. Eram grupos espontâneos que se constituíam com os conflitos inerentes a isso. A socialização não era problema... Hoje é tudo muito diferente. É importante, às vezes até é doentio, os pais querem os filhos guardados....
Aos jogos de rua opõem-se as brincadeiras vigiadas e, assim, a um tempo votado ao acaso e à proximidade com o outro através do jogo opõe-se um tempo organizado em espaços vigiados.
Aos jogos de rua opõem-se as brincadeiras vigiadas e, assim, a um tempo votado ao acaso e à proximidade com o outro através do jogo opõe-se um tempo organizado em espaços vigiados.
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